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A oração e o hebraico...

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   A maioria de nós sabe que o Antigo Testamento foi escrito majoritariamente em hebraico. Hoje, chamado de "Hebraico Bíblico" para distingui-lo do "hebraico moderno". Excetuando algumas passagens em Daniel e outros livros que foram escritas em aramaico, a maioria do texto do Antigo Testamento está em hebraico.  No  Dicionário de Hebraico de  Girdlestone,  o autor apresenta um artigo sobre a oração e diz:  " Doze palavras hebraicas foram traduzidas pela palavra "oração" no Antigo Testamento. Duas são interjeições, a saber, ana (אנא) e na (נא), a primeira das quais é encontrada em Gênesis 50:17, e a última em Gênesis 12:13; Gênesis 18:4 e Jz 9:38.  Chanan (חנן), ser gracioso, quando usado no sentido reflexivo ou causativo, significa buscar o favor de outro; ver, por exemplo, 2Cr 6:37.    Palal (פלל), no reflexivo, 'fazer com que outro intervenha ou arbitre no caso de alguém', é encontrado com muita frequência e geralmente é representado pelo gr

Então é Natal...

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 A Internet está farta da velha discussão se o Natal é ou não uma festa pagã. Não vou falar disso. Já adianto a minha posição: Sou a favor da celebração do Natal. Não sou o único. O Manual Presbiteriano traz: " A comemoração das festividades religiosas não deve ser esquecida. Corremos o risco de passar a nossas ovelhas uma imagem “espiritualizada” dos eventos históricos do cristianismo. Podemos datar alguns deles com grande precisão e podemos ver a Igreja Cristã comemorando alguns destes eventos desde o período apostólico. Devemos relembrar que o cristianismo está assentado em bases históricas. Tão históricas que possuem data de aniversário. Festas como Natal, Páscoa, Ascensão e Pentecostes foram sempre comemoradas pela cristandade (embora não saibamos com certeza a verdadeira data do Natal, podemos calcular, entretanto, as datas da Páscoa, da Ascensão e do Pentecostes. É lamentável a Igreja lembrar-se de efemérides comuns e esquecer-se de datas tão importantes para nossa fé

ATEÍSMO PRÁTICO

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    Johann Arndt (1555-1621) foi um pastor luterano que influenciou o movimento de renovação na Igreja Luterana chamado  Pietismo . Ele escreveu sobre o  ateísmo prático  na Igreja.  O ateísmo prático consiste em  confessar Cristo apenas com a boca, não com o coração e, frequentemente negá-lo com atos.  É ser ortodoxo na mente e apóstata no coração. É saber e não viver. William Ames, autor puritano, dizia que Teologia é a doutrina do viver para Deus. Semelhantemente, Arndt dizia que Teologia não é mera ciência, mas também experimentação e exercícios vivos.    Quando há apenas consentimento intelectual a fé se torna moral. O coração fica frio mesmo com toda a doutrina correta. Esse viver é um  ateísmo prático . Li algo interessante a esse respeito no livro  A Bíblia que Jesus lia  de Phillip Yancey. Em certo momento, Yancey escreve:  "Lembro-me de uma mensagem que ouvi num culto do Wheaton College na década de 1970, quando o movimento “Morte de Deus” tinha chegado ao ápice. O profe

O MUNDO ESPIRITUAL: POR MARCOS JUNIOR

  Todos nós que somos cristãos cremos no mundo invisível; nós simplesmente o esquecemos. Somos consumidos por nosso mundo de argumentações, relacionamentos, empregos e escola – e mesmo o mundo ‘religioso’ da igreja e reuniões de oração. Talvez, se Jesus estivesse em carne em nosso meio murmurando frases como ‘eu vi Satanás cair’ sempre que Deus nos usasse, nós nos lembraríamos melhor. (Philip Yancey, “ Desventuras da vida cristã ”, p. 19) A vida natural em cada um de nós é algo autocentrado, algo que deseja ser paparicado e admirado para tirar proveito de outras vidas e explorar o universo todo. E, especialmente, algo que deseja ser deixado por conta própria. Tem medo da luz e do ar do mundo espiritual, pois nossa vida natural sabe que, se a vida espiritual encontra-la, todo o egocentrismo e a vontade própria serão mortos, e por isso vamos lutar com unhas e dentes para evitar que isso aconteça. (C. S. Lewis, “ Cristianismo Puro e Simples ”, p. 233) Os olhos cegos dos cristãos m

Devocional no Salmo 23: (1): Bondade e misericórdia me seguirão (v. 6)

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  O vocabulário “misericórdia” presente no Salmo 23:6 é encontrado 246 vezes no A.T. sendo aproximadamente metade destas ocorrências apenas em Salmos. O termo envolve a ideia de um relacionamento e comprometimento recíproco e mútuo, ainda que a iniciativa de ser deste relacionamento venha de Deus. Salmo 23:6 A misericórdia de Deus é que firma nossa vida em meio à aflição (Sl. 31:7-8; 32:10; 57:3; 59:10; 94:18); é a misericórdia de Deus que permite-nos ter uma vida de comunhão com Deus: Ela é que nos dá vida espiritual (Sl. 119:88, 149, 159) e neutraliza a ira de Deus (Is. 54:8; Lm. 3:31-32; Mq. 7:18). A misericórdia, a graça, o amor leal, a fidelidade de Deus é douradora, persistente e eterna. Os escritores bíblicos celebram a eternidade da misericórdia de Deus. Isso é visto no contraste com coisas que são duradouras, porém não são eternas. Por exemplo, Isaías 54:10a registra “Porque os montes se retirarão, e as colinas serão removidas; mas a minha misericórdia  não se apartará de você

justiça/fé

 “Filhinhos, não se deixem enganar por ninguém. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado, porque nele permanece a semente divina; esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, e o mesmo vale para aquele que não ama o seu irmão” (I Jo 3:7-10) Nesse texto João deixa claro que quem vive em pecado não é nascido de Deus; mas procede do diabo. É certo dizer que somos pecadores e pecamos, mas não podemos viver EM PECADO.  No meio cristão, digo, a igreja generalizada, há diversas pessoas que vivem fazendo julgamento como se já tivessem sido aperfeiçoadas e se sentem no direito de acusar o irmão. Essas pessoas ocupam tod
 “Não amem o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo — os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida — não Ora, o mundo passa, bem como os seus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” No verso 15 do texto acima, primeiramente entendemos que não somos desse mundo e pertencemos ao Pai Celestial. Porquê? Por que se fôssemos desse mundo seria-nos natural que amássemos o mundo e suas coisas, mas João diz claramente para não amarmos o mundo e suas coisas, logo não somos desse mundo. Se não somos do mundo, pertencemos à algo: Cristo. Outro ponto importante é que não DEVEMOS amar o mundo e suas coisas justamente porque não somos dele e se amarmos, o amor do Pai não está em nós. Se o amor de Deus estiver em nós não sobra espaço para amar o mundo. Mas o que são essas coisas do mundo que não devemos amar? “os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida”. E es